Vamos falar de SARAMPO

by - agosto 14, 2019





Dizem que tenho memória seletiva, por lembrar somente das coisas boas da minha infância. Mas uma fase triste não esqueço: quando tive Sarampo. Foi triste porque à época foi considerado epidemia. Além de mim, meus quatro irmãos, os colegas da rua e da escola também tiveram. Segundo a Fio Cruz naquele ano - 1986- foi registrado o maior número de casos notificados, quando ocorreram 129.952 no país. Após aquela epidemia, o Ministério da Saúde elaborou e discutiu amplamente com os estados, um Plano Nacional de Controle do Sarampo e o desenvolvimento de campanhas de vacinação nos estados.


O Brasil não registrava novos casos de sarampo contraídos em território nacional desde 2000. Desde então, todos os casos confirmados haviam sido importados, ou seja, quando o paciente é infectado em outro país e desenvolve a doença ao voltar para casa. A circulação do vírus voltou a ocorrer no Brasil em fevereiro de 2018, quando foram registrados mais de 10 mil casos em 11 estados, sendo a maior incidência na região norte, no Amazonas e em Roraima.

O mais agravante diante desse cenário é o fato de que muitos pais não terem vacinados seus filhos. Segundo o jornal Folha/UOL, no Estado de São Paulo 75% dos jovens que nasceram entre os anos 1990 e 2004 não receberam a segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola e deve ser aplicada a partir dos 15 meses de idade. Muitos pais alegam que é uma tendência mundial. Com a eliminação da doença, as pessoas não veem outras infectadas, se esquecem de vacinar as crianças e tendem a achar que a doença está eliminada, como também alegam que falta de tempo e medo de reações colaterais.




Mas o Sarampo é perigoso e os riscos do contagio do vírus é alto. Uma pessoa infectada pode passar a doença para outras 18, de acordo com o Ministério da Saúde. Como, com saúde não se brinca, procure os posto de saúde mais próximo e coloquem em dias suas vacinas.


Curiosidades sobre o Sarampo:

O que é sarampo? É uma doença infecciosa aguda transmitida por um vírus do gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae, caracterizada por manchas na pele. É grave, estava erradicada no Brasil e voltou porque as pessoas deixaram de se vacinar.
Como é transmitido? A transmissão acontece pela saliva, carregada pelo ar (quando a pessoa tosse, fala ou espirra). Ou seja, é altamente contagiosa.
Quais os sintomas? Febre alta (acima de 38,5°C), manchas vermelhas na cabeça e no corpo, tosse, dor de cabeça, coriza e conjuntivite. As manchas vermelhas costumam ser precedidas por manchas brancas na mucosa bucal.
Sarampo pode matar? Sim. É uma doença que traz complicações graves, inclusive neurológicas, e pode levar à morte, sobretudo de crianças pequenas. Também pode deixar sequelas como a surdez.
Como é o tratamento? O doente é isolado e apenas os sintomas são tratados — as manchas, febre e dores. Por isso a vacinação é a ferramenta mais eficaz no combate à doença.
O que fazer em caso de suspeita? Encaminhar o paciente a um serviço de saúde, que por sua vez notificará a vigilância epidemiológica para que esta vacine quem teve contato com o doente.
Quem deve se vacinar contra o sarampo? Crianças e jovens de até 29 anos precisam tomar duas doses da vacina —quem tem de 30 a 59, apenas uma dose. A maioria das pessoas com mais de 60 anos não precisa da vacina, pois já teve contato com o vírus no passado.
Quais as reações à vacina? Febre e dor no local da injeção, com possível inchaço. Não há reações neurológicas. A vacina NÃO causa autismo.

Quem não pode se vacinar? Gestantes, bebês menores de um ano, transplantados, quem faz quimioterapia e radioterapia, ou usa corticoides ou tem HIV com CD4 menor que 200. Alérgicos a ovo e lactantes podem tomar a vacina.
Por quanto tempo a vacina vale?Para quem completou as duas doses (ou uma dose até 1989), vale pela vida toda. A vacina também protege contra rubéola e caxumba.




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