Vamos falar de SARAMPO
Dizem que tenho memória seletiva, por lembrar somente das coisas boas da minha infância. Mas uma fase triste não esqueço: quando tive Sarampo. Foi triste porque à época foi considerado epidemia. Além de mim, meus quatro irmãos, os colegas da rua e da escola também tiveram. Segundo a Fio Cruz naquele ano - 1986- foi registrado o maior número de casos notificados, quando ocorreram 129.952 no país. Após aquela epidemia, o Ministério da Saúde elaborou e discutiu amplamente com os estados, um Plano Nacional de Controle do Sarampo e o desenvolvimento de campanhas de vacinação nos estados.
O Brasil não registrava novos casos de sarampo contraídos em território nacional desde 2000. Desde então, todos os casos confirmados haviam sido importados, ou seja, quando o paciente é infectado em outro país e desenvolve a doença ao voltar para casa. A circulação do vírus voltou a ocorrer no Brasil em fevereiro de 2018, quando foram registrados mais de 10 mil casos em 11 estados, sendo a maior incidência na região norte, no Amazonas e em Roraima.
O mais agravante diante desse cenário é o fato de que muitos pais não terem vacinados seus filhos. Segundo o jornal Folha/UOL, no Estado de São Paulo 75% dos jovens que nasceram entre os anos 1990 e 2004 não receberam a segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola e deve ser aplicada a partir dos 15 meses de idade. Muitos pais alegam que é uma tendência mundial. Com a eliminação da doença, as pessoas não veem outras infectadas, se esquecem de vacinar as crianças e tendem a achar que a doença está eliminada, como também alegam que falta de tempo e medo de reações colaterais.
Mas o Sarampo é perigoso e os riscos do contagio do vírus é alto. Uma pessoa infectada pode passar a doença para outras 18, de acordo com o Ministério da Saúde. Como, com saúde não se brinca, procure os posto de saúde mais próximo e coloquem em dias suas vacinas.
Curiosidades
sobre o Sarampo:
O
que é sarampo? É uma doença infecciosa aguda transmitida por
um vírus do gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae,
caracterizada por manchas na pele. É grave, estava erradicada no
Brasil e voltou porque as pessoas deixaram de se vacinar.
Como
é transmitido? A transmissão acontece pela saliva, carregada
pelo ar (quando a pessoa tosse, fala ou espirra). Ou seja, é
altamente contagiosa.
Quais
os sintomas? Febre alta (acima de 38,5°C), manchas vermelhas na
cabeça e no corpo, tosse, dor de cabeça, coriza e conjuntivite. As
manchas vermelhas costumam ser precedidas por manchas brancas na
mucosa bucal.
Sarampo
pode matar? Sim. É uma doença que traz complicações graves,
inclusive neurológicas, e pode levar à morte, sobretudo de crianças
pequenas. Também pode deixar sequelas como a surdez.
Como
é o tratamento? O doente é isolado e apenas os sintomas são
tratados — as manchas, febre e dores. Por isso a vacinação é a
ferramenta mais eficaz no combate à doença.
O
que fazer em caso de suspeita? Encaminhar o paciente a um serviço
de saúde, que por sua vez notificará a vigilância epidemiológica
para que esta vacine quem teve contato com o doente.
Quem
deve se vacinar contra o sarampo? Crianças e jovens de até 29
anos precisam tomar duas doses da vacina —quem tem de 30 a 59,
apenas uma dose. A maioria das pessoas com mais de 60 anos não
precisa da vacina, pois já teve contato com o vírus no passado.
Quais
as reações à vacina? Febre
e dor no local da injeção, com possível inchaço. Não há reações
neurológicas. A vacina
NÃO causa autismo.
Quem
não pode se vacinar? Gestantes, bebês menores de um ano,
transplantados, quem faz quimioterapia e radioterapia, ou usa
corticoides ou tem HIV com CD4 menor que 200. Alérgicos a ovo e
lactantes podem tomar a vacina.
Por
quanto tempo a vacina vale?Para quem completou as duas doses (ou
uma dose até 1989), vale pela vida toda. A vacina também protege
contra rubéola e caxumba.
Fonte
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