Saber ou não saber o sexo do bebe?

by - maio 26, 2015


Logo que descobrimos a gravidez, ficamos ansiosas para saber o sexo do bebê. E logo surgem uma série desculpas para justificar a ansiedade como, por exemplo, a de que precisamos decidir qual será o nome, escolher a decoração do quartinho, as roupinhas, etc... Acho que, em verdade, optamos por saber o sexo durante a gestação para construímos uma forma de relação com o bebê, pautada em uma realidade já existente. Dessa forma, conversar com o bebe na barriga, chamando-o pelo nome, seria o início da construção da referida relação.

Com a popularização do ultrassom (US), desde os anos 90, lendas e crendices para adivinhar o sexo do bebê caminham para a extinção. E a partir da 15ª, 16ª semana, tem-se a certeza, no exame morfológico, do sexo do bebê. As mais ansiosas optam pelo exame de sangue que identifica o sexo do bebê desde a 8ª semana – a sexagem fetal.

Mas, seguindo a linha da Top Gisele Bündchen e da Princesa Kate Middleton, optei em saber o sexo do bebê somente à hora do parto. Algumas pessoas acharam uma loucura, outras estranham, e os amigos mais chegados reclamaram que não saberiam que presente comprar, pois não sabem o sexo do bebê.

Não foi uma decisão fácil. Lembro-me que, na gestação de Serginho, descobrimos rapidamente o sexo já na 12ª semana, isto é, na primeira ultrassom morfológica. Na gestação de Aninha, o sexo só foi confirmado do final do 6º mês. Ela insistia em ficar de pernas cruzadas em todas as ultrassons realizadas anteriormente. Foi aí que experimentei a ansiedade de não se saber o sexo do bebe no inicio.

Ora, para mim que sou mãe de um casal lindo, sinto, nesse momento, que estou gestando um bebê. Não me importa saber o sexo. Eu estou apenas gravida e esperando a sua chegada…Isso me faz levantar menos expectativas em relação a ele. Por outro lado, sempre imaginamos mil coisas sobre o filho da gente. Se vai ser calmo, agitado, dorminhoco, obediente, teimoso… Assim, não saber o sexo, faz com que essa ansiedade sobre o seu temperamento não ocupe meus pensamentos.

Quanto ao nome, não vou ter problemas. Aninha e Serginho já trataram de escolher: Joãozinho ou Belinha (Isabela). O que deixa ainda mais legal essa experiência. Dessa vez não vai ter uma decoração no quarto, porque não haverá quarto. O bebê dormirá no meu quarto enquanto eu amamentar. Depois os meninos já decidiram: se for menina coloco uma cama no quarto de Aninha. Do contrário, no quarto de Serginho.

Ótimo, os irmãos estão empolgados em sabe com quem o bebê dormirá....

Mas, é fundamental lembrar que para o medico ginecologista obstetra, que acompanha a mulher no pré-natal, saber o sexo do bebê é de relevante importância, afinal, há doenças genéticas relacionadas ao cromossomo X. A hiperplasia suprarrenal congênita é um exemplo típico. Caso o bebê for do sexo feminino, ocorre a virilização, uma alteração na genitália, com o crescimento exagerado dos lábios da vagina. O problema pode ser corrigido de forma relativamente simples, ministrando-se corticoides para a mãe. Com o conhecimento do sexo, a investigação dos antecedentes familiares quanto à doenças associadas ao sexo, como hemofilia A e hidrocefalia, torna-se indispensável.

Finalizando, caso você optar, como eu, por essa pitada a mais de emoção no momento em que seu filho vier ao mundo, o médico aconselha deixar muito claro, antes do início do primeiro ultrassom, para que o profissional mantenha a discrição sobre o assunto, sem prejuízo algum ao exame.



Dica de leitura: Revista Pais e filhos

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