Política para as crianças
Foto Site Plenarinho |
Ontem, ao chegar da
escola, Serginho me diz:
“mamãe, você sabia
que o homem que morreu no avião que caiu, ia ser o presidente do
Brasil?”
Expliquei que não era
bem assim, que ele era candidato a presidente, que as pessoas
votariam e talvez ele fosse eleito o presidente.
Mas, como explicar
política para uma criança? Nos dias de hoje evitamos falar um pouco
sobre os temas dos adultos com os filhos, afinal, criança tem que
brincar e, diferente dos tempos de hoje, na minha época de criança
política era uma festa! Lembro-me dos “showmícios” - que sempre
tinham tardes recreativas. Gosto muito de política e, ao longo da
minha vida, ela sempre esteve presente. Participei do movimento
estudantil no período colegial (grêmios estudantis) e na vida
acadêmica (conselho de residentes – moradia estudantil), não
chegando ocupar cargos nessas entidades de classes. Participava
ativamente dos grupos de discussões e das eleições dos mesmos.
Na política partidária
cheguei a filiar-me ao PT e PPS. Hoje, porém, não pertenço a
nenhuma sigla. Lembro que, aos 16 anos, comecei a ler O Manifesto
Comunista (Marx e Engels) e descobri que não acredito nas ideias
defendidas pela esquerda. O princípio de construir uma sociedade
justa e igualitária. Acabar com a fome, com as
desigualdades, com a pobreza e com as demais opressões sofridas pelo
homem é algo muito atrativo. Em geral, o comunismo é pintado dessa
maneira, porém, na prática, os países ditos comunistas são
regidos por regimes ditatoriais, castradores da liberdade de
expressão.
O socialismo, segundo
Marx - falo como economista - seria a “fase de transição” rumo
à sociedade sem classes. Nessa etapa, seria formada a famosa
“ditadura do proletariado”. Aqui seria criado um super estado,
controlado por estes proletários, sem nenhum tipo de democracia ou
liberdade que não a deles mesmos. Para que haja a possibilidade de
haver um socialismo, é evidentemente necessário que este “estado
proletário” reúna para si os meios de ação política e
econômica, o que pressupõe uma enorme concentração de poder. Ou
seja, a ideia da prática socialista já é por si só totalitária
na essência! É interessante o fato de que Marx dá a receita para a
criação do Estado proletário, mas não chega a uma conclusão
quanto à transição para a sociedade sem estado e sem classes. O
capitalismo com todas as falhas que possui (é um sistema humano e
não celeste) provou ser melhor e mais confiável do que o comunista,
afinal, dá oportunidade a todos serem inseridos nele. Posso citar
as cooperativas e as ações da economia solidária (isso é um
assunto para outro post).
Mas, quanto a política
para as crianças, no Brasil não há preparação para
conscientizá-las, desde cedo, sobre o que seja e como exercer a sua
Cidadania. Algumas escolas e professores preocupam-se com isso
levando temas para reflexão na sala de aula. Meu filho, por exemplo,
teve aulas de educação de transito e aprendeu algumas leis e
regras, conhece as placas e como se portar ao atravessar a rua.
Porem o papel dos pais na
formação consciente dos futuros cidadãos é fundamental. No inicio
procure explicar aos seus filhos os conceitos de direitos e deveres.
Ate mesmo através de brincadeiras você consegue ensinar políticas
para eles. A Câmara dos Deputados possui o Plenarinho, site voltado
para o publico infantil, com linguagem e informações adequadas para
as crianças que queiram aprender política. Pais também podem
acessar o site para saber conversar sobre o tema com seus filhos
Aguardemos, pois, o
porvir!
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