Bullying é inadimissível
É comum se ouvir coisa do tipo:
“quando éramos criança a gente botava apelidos uns nos outros e ficava por isso
mesmo”. Engana-se quem acha ou achava que a maioria das crianças que eram
ridicularizadas (sim esse é o verdadeiro termo a ser utilizado) porque eram: "o
gordinho", a "perna fina", o "cabeção"...enfim, levavam
esses apelidos, as piadinhas, os deboches de todas as formas na brincadeira .
Se repararmos direito ao redor, iremos
perceber que conhecem alguém que faz terapia ou tem alguns problemas por
sequelas de bullying. A diferença é que antigamente não se divulgavam. Se uma
criança começasse a apresentar problemas pela forma como era tratada pelos
colegas, provavelmente as pessoas diriam que é frescura. Assim como há vinte
anos a depressão era frescura também. Hoje em dia, qualquer denúncia de
bullying vai parar na mídia e nós ficamos sabendo de vários casos numa
velocidade impressionante.
Crimes como abuso sexual,
violência doméstica, assassinato sempre existiram, mas antigamente para saber
de um caso, tínhamos que esperar a noticia ser divulgada nos jornais no dia
seguinte. Hoje, na era digital, ficamos sabendo de vários crimes que
aconteceram agora há pouco, pela internet ou pela tv.
Quem levou apenas apelidos
inocentes não sabe o que é sofrer bullying.
Bullying é quando alguém machuca ou humilha constantemente
outra pessoa. Isso pode acontecer pessoalmente, por escrito, pelo telefone,
pela internet, redes sociais (bullying virtual), na escola, no ônibus, em casa,
em qualquer lugar. Seja lá onde for, o bullying é inadmissível.
Acho louvável a iniciativa dos
governantes em lançar um olhar sobre a questão, que aflige uma pequena, porém, sofrida
parte de nossas crianças. E chamar à responsabilidade os pais e educadores.
Afinal, se eu vejo meu filho chamando o outro de orelhudo e não faço nada,
quando ele queimar o mendigo ou matar o homossexual não poderei reclamar,
afinal, eu ensinei a ele que ser diferente é ser inferior.
E precisamos aprender a lidar com
uma nova modalidade de bullying tb, que é o virtual. No mês passado, uma garota
canadense de 15 anos se suicidou por isso, e gravou um vídeo antes de morrer:
Essa prática precisa e deve
sofrer o primeiro impacto para sua erradicação, dentro de casa. Pais e
educadores são peças fundamentais nesse processo. Quando a educação na
intimidade doméstica periclita, toda a sociedade como um todo, sofre-lhe as inevitáveis
consequências. E o bullying é uma delas.
Imagens: Cartoon Network
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