SER MÃE
Dias das mães se aproximando, resolvi
convidar algumas amigas para falarem um pouco sobre suas experiencias como mãe.
Assim que recebi o texto da Mary
Karla, comecei a debulhar-me em lagrimas. Sem querer imaginei-me vivenciando o
que ela passará.
Ao optarmos ser Mãe, tiramos uma
força não sei de onde, para dar-mos a volta por cima dos obstáculos que
encontramos. Ser Mãe é uma forma de amor, que não encontro adjetivos para
expressa-la. Ser mãe é a dedicação exclusiva mais gratificante da nossa vida.
“Um dia fui surpreendida com um pedido de Liene
para que escrevesse um texto sobre minha experiência de ser mãe. Achei o máximo
porque hoje em dia este é meu assunto preferido.
Fui mãe aos 31, e isso foi uma surpresa muito
grande pra mim e todos que me conheciam ao ponto de saber que ser mãe nunca
tinha feito parte dos meus planos, como faz para a maioria das mulheres. Jamais
pensei que viveria esta experiência fantástica!!!
Desde o primeiro momento que descobri aquele ser
dentro de mim eu o amei, e naquele momento já me senti mãe... é, descobri que
ser mãe começa naquela hora e não após o parto! Pensei em tudo que precisava
fazer pra que ele se desenvolvesse normalmente, a começar pela mudança da minha
alimentação.
Estava no primeiro mês, e nem deu tempo de
comemorar, fui surpreendida com um pequeno sangramento no momento que estava na
recepção para meu primeiro ultrason. Segundo a médica (monstra) que fez o exame
naquele dia "eu estava tendo um aborto" e quando perguntei porque
estaria acontecendo isso a resposta que tive foi "porque Deus quer".
Era noite, saí da clinica arrasada e fui pra casa. No dia seguinte liguei pra
minha GO, que mandou procurar um serviço de Urgência e depois levar todos os
exames pra ela. Só então recebi orientações claras sobre o que estava
acontecendo. Um descolamento de placenta, que podia ter causa hormonal (podendo
ser corrigida com repouso e hormônio, além de medicamento que evitaria
contrações) ou alguma má formação (e neste caso poderia ocorrer a expulsão pelo
próprio organismo, o tal do aborto espontâneo). Foi muito tranquilizante
naquele momento saber que havia sim algo que podia ser feito pra salvar meu
bebê, e no que dependesse de mim não pouparia esforços! Foram dois meses de
repouso absoluto, várias USG, até finalmente receber a noticia que estava tudo
ok.
Nossa, que alegria!!! E por falar em USG, como eu
adorava quando fazia este exame e via meu filhotinho cada vez maior, mais forte
e perfeito... Voltei ao trabalho e dois meses depois acabei precisando me
afastar mais uma vez (e desta vez até o final da gestação), sem conseguir
caminhar direito, com dores terríveis no ciático. A esta altura, apesar do
medo, já tinha decidido que queria o parto normal com analgesia, e minha GO
disse que tudo indicava que teria esta possibilidade.
Chegou o grande dia, as dores começaram logo após o
almoço, rápidas cólicas bem espaçadas, que foram ficando mais fortes e menos
distantes ao longo da tarde, até chegarem com intervalos de 5 minutos..
Ansiedade, dor, medo... cheguei na maternidade já com a dilatação necessária, e
fui direto para o centro cirúrgico. Lembro que o único profissional que eu
queria naquele momento era o anestesista. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Depois
daquela aplicação na coluna tudo foi perfeito, as dores cessaram completamente,
conversei durante todo o parto, não precisei fazer força, e tive minha irmã do
meu lado o tempo todo registrando aqueles momentos, que foram os mais importantes
da minha vida... E ele chegou, lindo, perfeito, chorando... até hoje quando
lembro é uma sensação surreal, imagine naquele instante!
Assistindo ao vídeo vejo a minha cara de boba ao
ter eles nos braços pela primeira vez. O amor, que já imenso, é multiplicado
por infinito! Logo comprovei as vantagens do parto normal.
Começou então uma nova etapa, se mãe de um bebê
fora da barriga... Amamentar, minha meta estabelecida para, no mínimo, os
primeiros 6 meses. Não pensei que era tão difícil! As dores na mama, fissuras
no seio, leite "empedrado", leite vazando, passar dia e noite
alimentando a cada hora e meia (sim, este era o ritmo do meu bebê). Emagreci
muito, e aos trancos e barrancos, com muito orgulho, prazer e consciência de
que estava fazendo o melhor pra ele, eu consegui cumprir a minha meta, que é
tão recomendada pelos médicos, e curiosamente tão criticada pelas pessoas (uma
surpresa pra mim!). Michelzinho parecia um touro de tão gordinho, só com o
leitinho de mamãe. kkkkkkkkk... Foi chegando a hora de voltar ao trabalho, e a preocupação
de passar pra terceiros os cuidados que por 6 meses foram só meus. Hora de
deixar de tomar apenas o leitinho de mamãe e começar a introduzir outros
alimentos. A primeira sopinha foi devorada como se ele sempre tivesse comido
aquilo.
Pelo menos com comida nunca precisei me preocupar, o bichinho é bom de
boca, graças a Deus! kkkkkkkkkkk...
No hotelzinho quem teve mais dificuldade
para acostumar? EU!!! kkk.. quando chegava lá ele nem lembrava que tinha mãe.
kkkkkkkkkkk.. Aos nove meses caminhou, ou melhor, correu! hehehehe... com um
ano e dois meses interrompi definitivamente a amamentação, não estava mais
conseguindo manter, já que não dormia a noite inteira e no outro dia tinha que
trabalhar... saí chorando do consultório da pediatra no dia que conversei com
ela sobre isso, e ele mais uma vez me surpreendeu, passei pó de café no seio, e
desde o primeiro momento ele não quis mais. 5 dias de muito leite acumulado, amarrada
com ataduras como se fosse uma múmia... kkkkkk.. E assim cortamos o vínculo
alimentar.
Logo veio o primeiro "mamãe", e
rapidamente ele aprendeu outras palavras... com um ano e meio já tinha a
vocabulário razoável, e eu super orgulhosa com o desenvolvimento dele. Agora
com dois anos e cinco meses, conversador, independente e teimoso... Como dá
trabalho!!! Como dá alegrias!!! Como dá prazer!!! Como sou feliz por ter ele!!!
E como é difícil ser mãe, ter difícil tarefa de
educar... quanto medo e quantas dúvidas rondam nossos dias... mas a natureza é
perfeita, e hoje quando olho pro meu filho e vejo esta criança cheia de vida, e
que tem me ensinado tantas coisas, me sinto forte e me encho de coragem pra
continuar cumprindo meu papel com a certeza de que estou fazendo o melhor pelo
grande amor da minha vida.”
5 comentários. Clique aqui para comentar também!
Li realmente emociante o depoimento da sua amiga. Deu até vontade de ser mãe.
ResponderExcluirAparecida
Oi Liene
ResponderExcluirEm meio toda essa polemica sobre aborto, ler um depoimento desse, faz com a gente pense se realmente deve se dar o direito de interromper a vida de umas criaturinhas tão lindas, que só nos fazem ser mais felizes.
Eu amo ser Mãe, tambem, foi a melhor coisa que já me aconteceu.
Luciana
Showwwwww
ResponderExcluirEsta é mais uma mulher guerreira, com todas as carcteristicas de uma brasileira nata, que Deus continue abençoando está familia...
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirRetribuindo a visita...adorei o seu blog!!
Já estou te seguindo!
bjus